segunda-feira, 11 de março de 2013

O bom mês de Março

Todos os anos apaixono-me pelo término do Verão. Os dias já não tem a mesma luminosidade. O Sol, astro rei, já está se bandeando para o Hemisfério Norte. Percebe-se a mudança das cores da natureza na copa das árvores, nas tonalidades do céu. Tempo e clima fazem suas parcerias.

Março é o mês de encontros, reencontros e desencontros nas unidades escolares. Encontros sérios, pré-determinados com esmero de mestres. Diria até, confrontos, com as apresentações formais aos desafios semestrais, anuais... Tempo de estabelecer as parcerias, com os desafios imaginários das últimas horas do ano anterior, já tão distante quanto a Lua da Terra e com um mundo desconhecido de letras, números, informações, afirmações, teses comprovadas ou à espera de sábios. Mês de opções e de elaboração concretual de construções bem estruturadas, em solo firme, esse do tamanho de continente. Tempo relacional, de novas parcerias, de estudo de parcerias, de "vamos ver o que vai dar".

Março é um bom mês para estudar e auscultar as expectativas. Tempo de deixar as relatividades para trás. Tempo de antever as primeiras luzes outonais e sentir na pele suas friagens. Tempo de ver folhas caindo, natureza mutável. É bem possível, muito provável que seja o tempo dos primeiros raios anuais sacudirem a terra para que se abra e faça, por ela mesma, brotar as sementes tão mansamente depositadas pelos ventos de tempos anteriores, não muito precisos, bastante impiedosos, por muitas noites silenciosos.

Ao mesmo tempo, em outros lugares, mãos são cheias de sementes, as terras estão afofadas por trabalho árduo, diário... Ah! Os brotos novinhos, nas hortas bem elaboradas! E quando menos se espera, nascem, assim como as belas amizades que se conquistam nos espaços escolares, livro - gente, gente - gente, banco - gente, classe - gente... A vida segue. Tem seu próprio curso, alheio a tantas cobiças humanas!





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