quinta-feira, 15 de maio de 2014

O que podemos fazer para ajudar outras pessoas

            Você ora a Oração do “Pai Nosso”? Muitos se perguntam o porquê orar todos os dias... É recomendável que, ao orar, meditemos profundamente sobre as palavras que falamos para Deus.

Uma de suas partes, a petição ‘o pão nosso de cada dia dá-nos hoje’ se refere a tudo o que necessitamos para o sustento e a vida diária.

Deus dá o pão, o sustento, para justos e injustos, para os que pedem por ele e também para os que não pedem. E é aqui que entra um ponto muito importante: é no agradecer pelo que Deus dá que vamos distinguir o cristão, o justo do injusto. Quem é cristão agradece! O cristão é grato a Deus de maneira bem concreta, bem visível. Essa gratidão vai se manifestar no irmão necessitado e no cuidado com toda a criação de Deus. E vejamos: o irmão necessitado não é só aquele que está com frio, fome...

O irmão e a irmã necessitado/a é aquele/a que precisa:

- das nossas palavras para lhe aconselhar;

- do nosso conselho para lhe encorajar;

- da nossa fé para orar;

- dos nossos ouvidos para desabafar;

- dos nossos olhos para lhe guiar;

- da nossa cabeça para lhe orientar;

- do nosso coração para lhe aceitar;

- dos nossos ombros para chorar;

- das nossas mãos para lhe ajudar;

- dos nossos pés para um favor;

- da nossa casa para um abrigo;

- do nosso pão para matar a fome;

- da nossa verdade, da nossa justiça, do nosso amor para viver.

Vemos assim, que o pão de cada dia, não é somente aquele pão que comemos feito de farinha de trigo ou milho e fermento. Reflita! Ore e faça uma Ação concreta!

 

 

 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

As referências maternas

No ensino integral é necessário postular processos de reflexão sobre aspectos cotidianos. Como muitos dos leitores já sabem, sou partidária do grupo que não gosta de selecionar datas especiais, pelo cunho explicitamente comercial. E, no caso específico, o Dia das Mães é cotado como a segunda data que mais movimenta os ganhos comerciais no Brasil. Então, apesar de remar contra a correnteza, e, justamente por esse motivo, é preciso considerar algumas questões sobre a maternidade e expô-las ao grupo de discentes.

O ponto inicial é o aspecto do cuidado maternal e o correspondente esforço, sacrifício, para criar a prole. A maternidade consciente consiste em receber a bênção da maternidade, sentir o orgulho do resultado e empenho oferecidos e, por conseguinte abrir mão do tempo investido nas ações ocupacionais resultantes da opção pela maternidade. Trata-se muito mais de aspectos comportamentais, pelo esforço em ensinar sobre a vida, do que os investimentos em bens em si. O tempo dispensado aos cuidados gerais poderia ser investido em lazer, ou estudo, ou uma segunda jornada de trabalho. Esse é o o sacrifício maternal: abrir mão de sonhos para dedicar-se à prole. Fazer tudo isso junto, no mesmo tempo, linearmente não é possível.

O segundo ponto a se considerar com os discentes é o aspecto comportamental, sob o ponto de vista do relacionamento sadio, equilibrado na família. Eu creio ser possível, mesmo nos tempos conturbados e perturbados socialmente falando, formar uma família nos moldes do ideal, isto é, constituída de pai e mãe, do elemento masculino somado ao elemento feminino. A criança tem o direito de ter as duas referências e é salutar que as tenha, para o seu desenvolvimento pleno, completo. Nossos discentes tem suas próprias experiências de lar, de vida familiar. Certamente, saberão dizer muito sobre isso. É fundamental que exponham seus pensamentos e vivências para que possam formar suas próprias opiniões e postular seus posicionamentos acerca dessas relações familiares. Afinal, um dia eles e elas formarão seu próprio núcleo familiar e para tal terão de estar certos de suas perspectivas e identidades.

O terceiro ponto é o aspecto religioso. Quais são as considerações religiosas a partir dos esteriótipos bíblicos? Vamos considerar o caso da mãe Rebeca, que fez distinção entre seus filhos gêmeos. Ou, vamos considerar hipoteticamente o caso da mãe Eva, caso tenha vivido para ver a morte de Abel, assassinado pelo próprio irmão Caim. Poderíamos considerar o caso de Ana, que entregou seu único filho ao templo, para ser um profeta de Deus, e o caso de Penina, exposta à própria sorte, após ser expulsa do grupo de Elcana e Ana. Quem sabe, poderíamos considerar o caso da mãe de João Batista, caso vivesse no tempo em que o filho tornou-se profeta eremita...
O fato é que da Bíblia conhecemos Maria, a mãe de Jesus, imortalizada pelas mãos do artista, através da obrar Pietá. Pouco conhecemos sobre as defensoras da vida, as parteiras, no tempo de Moisés, sua mãe Joquebede, e, mais além, no tempo do nascimento do próprio Jesus, das circunstâncias de Maria. Pouco sabemos sobre a atitude da princesa Bitia, filha do faraó que resgatou Moisés das águas, mãe adotiva.
Em meio a esses relatos de fé, nós nos encontramos, pois isso damos como testemunho à gerações. E nossas próprias vidas denotam e comprovam nossas ligações com o mundo cristão (ou acristão). Todos sabem que sou do grupo cristão. Naturalmente, os relatos sagrados acima não denotarão fé, se não lidos com esta intenção. E então, se não for este o propósito, nada mais terá valor, nem vida, nem morte.

Assim, você tem três aspectos possíveis para mencionar os aspectos relacionados à maternidade em nossos dias. Não se iluda: se você não tematizar isso, alguém o fará e talvez com menor propriedade. Tome a si a responsabilidade. Sucesso na empreitada, são meus votos!