domingo, 21 de novembro de 2010

Inspirações para o final do Ano Eclesiástico 2010

Compartilho duas imagens, sendo a primeira...


A segunda da série 2010...


Quero relacionar essas imagens com o texto apresentado numa Oficina de Ensino Religioso Escolar no dia 03 de junho de 2008, em Lajeado-RS. Desejo que neste tempo, preparação para Celebrações de Ação de Graças, seja útil, oportuna e necessária, ainda que trabalhosa esta leitura...

A Pedagogia da Alteridade

A partir da sensibilização por meio dos cinco sentidos, audição, paladar, tato, olfato e visão nas aulas de ERE - Ensino Religioso Escolar, tem-se o ethos no Ensino Religioso que vai, sequencialmente, transformando o tolerar em ouvir. Surge então o processo de construção da Pedagogia da Alteridade, foco central do ethos no Ensino Religioso, porque parte do princípio da aceitação e da gratuidade. O princípio da alteridade está centralizado no outro, pois é a partir do outro que nós de fato aprendemos. É a partir do outro que se promove a liberdade, que se promove a valorização da diferença enquanto tal.”

Para nós da educação, em tempos de final de ano, correr contra indiferenças e insensibilidades torna-se urgente. É aí que podemos propor ações concretas de exercitar a solidariedade, a cidadania, a tolerância e todos os sentimentos que as Virtudes assumem. Tornar isso plástico, palpável, concreto é fundamental para promover atitudes que foram desenvolvidas ao longo do ano letivo. E então estamos trabalhando a Ética.

Ética para Paulo Freire é...
“Aceitar e respeitar a diferença é uma dessas virtudes sem o que a escuta não se pode dar. Se
discrimino o menino ou menina pobre, a menina ou o menino negro, o menino índio, a menina rica; se discrimino a mulher, a camponesa, a operária,[as diferentes religiões], não posso evidentemente escutá-las e se não as escuto, não posso falar com eles, mas a eles, de cima para baixo. Sobretudo, me proíbo de entendê-los. Se me sinto superior ao diferente, não importa quem seja, recuso-me escutá-lo, ou escutá-la”. (FREIRE, 1996, p. 120)

Essa relação de respeito mútuo cria um caminho em que se fala e se ouve, estabelecendo uma relação dialógica entre os diferentes, conforme as citações que seguem:

“No processo da fala e da escuta a disciplina do silêncio a ser assumido com rigor e a seu tempo pelos sujeitos que falam e escutam é um “sine Qua” da comunicação dialógica. O primeiro sinal de que o sujeito que fala sabe escutar é a demonstração de sua capacidade de controlar não só a necessidade de dizer a sua palavra, que é um direito, mas também o gosto pessoal, profundamente respeitável, de expressá-la. Quem tem o que dizer tem igualmente o direito e o dever de dizê-lo. É preciso porém que quem tem o que dizer saiba, sem sombra de dúvida, não ser o único ou a única a ter o que dizer” (FREIRE, 1996, p. 116, com grifos do autor).

É preciso permitir-se conhecer a partir delas a riqueza que há nos outros:
“[nosso] planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensões mútuas. Dada a importância da educação para a compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão necessita da reforma planetária das mentalidades; esta deve ser a tarefa da educação do futuro” (MORIN, 2001, p. 104).

Madalena Freire WEFFORT[1]:
“Todas estas lembranças quando resgatadas, socializadas entre outras e, assim, apropriadas, ganham status de memória. Memória que alicerça a consciência histórica, política e  pedagógica desse sujeito. O desafio é formar, informando e resgatando num processo de
acompanhamento permanente, um educador que teça seu fio para apropriação de sua história, pensamento, teoria e prática (1996, p. 9).”[2]

Portanto, que vocês colegas, alunos, alunas possam aproximar-se mais da temática Gratidão, seguindo esse caminho... Estudo, silêncio, concentração, inspiração, olhar atento, cores variadas, sábias palavras, edificação das virtudes humanas. Agora, bom trabalho a você! 


[1] Remi Klein cita em tese de doutorado, intitulada “Histórias em jogo: rememorando e ressignificando o processo educativo-religioso sob um olhar ‘etnocartográfico”.
[2] KLEIN, Remi. O Ensino Religioso Na Formação Docente: Um Olhar Sobre A Metodologia De Ensino Religioso Em Cursos De Licenciatura Em Pedagogia. São Leopoldo, Unisinos e Escola Superior de Teologia. Artigo em PDF.

Mantenha a referência, ao utilizar este material didático.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O refúgio seguro

"Somente em Deus,
ó minha alma, espera silenciosa;
Dele vem a minha salvação.
Só ele é a minha rocha, a minha salvação
e o meu refúgio;
Não serei abalado.
Somente em Deus,
ó minha alma, espera silenciosa,
porque Dele vem a minha esperança.
Só ele é a minha rocha, a minha salvação
e o meu refúgio;
Não serei abalado.
Confiem Nele em todo tempo;
derramem perante ele o seu coração;
Deus é o nosso refúgio."

Salmo 62. 1-2; 5-6; 8.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Consolo

Citações bíblicas permanentes, para mensagens de Consolo às pessoas Enlutadas:

1. Jesus Cristo diz: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.”, conforme Mateus 28.20

Salmo 73. 23-26: 

2. “Todavia, estou sempre contigo, Senhor meu Deus, Tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com Teu conselho, e depois me recebes na glória. Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que minha carne e o meu coração desfalecem,
Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.”
3. “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor.” Salmo 105. 3

4. “Como a mãe que consola o filho, eu consolarei vocês; Vocês ficarão contentes e terão novas forças.” Isaías 66. 13-1

Nossa missão é...

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E podemos convidar para cada ser humano entregar, decidir e considerar que...
1. “Consolar os que estiverem em qualquer angústia com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus”. 2 Coríntios 1. 4

1. “Entrega teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.” Salmo 37.5


2. “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Josué 24.15


3. “O homem vê o exterior, porém o Senhor o coração.” (I Samuel 16.7)


4. "Se vivemos, para o Senhor  vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu; para ser Senhor, tanto de vivos como de mortos.” Romanos 14.8-9




Que educadores e educadoras cristãos possam inspirar-se para fazer o bem, consolar aqueles que choram, em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A morte explicada para crianças

Relato de uma experiência

As crianças até cerca de 12 anos tem perguntas simples, ao que é indicado respostas igualmente simples. Muitas vezes a família não sabe como agir em relação ao tema "morte".

Em determinado ano, escola pública, com um grupo de 11 a 13 anos, utilizei o texto de Leo Buscaglia, "A história de uma folhaUma fábula para todas as idades", da ed. Record – 16ª edição, para ilustrar o que ocorre quando uma pessoa falece.

Fiquei muito satisfeita com os resultados obtidos na avaliação geral, considerando a realidade famíliar daquele grupo. A médio prazo o grupo apresentou índices de maturidade além dos já avaliados anteriormente.

O desafio que acrescento hoje, após reler as anotações, é de que Solidariedade não é algo que se ensina na teoria, mas que necessariamente passa pela experimentação prática, concreta, numa interação entre os atores naquele espaço e naquele tempo. A criança sente o mesmo que adultos, porém não tem recursos, palavras e ações e outras possibilidades de expressão, para dar vazão ao que se passa em seu interior.